Termos de Tipografia

tipografia glossario

Para cada área existem códigos específicos e quanto mais você domina, mais claras são suas ideias para aquele grupo. Reunimos os principais temas da área de tipografia para que você fique fera nesta área:

– Aesc (ae): Ligatura das letras ‘a’ e ‘e’. O aesc vem do inglês antigo e representava um ditongo. Hoje, o caractere é usado em outros idiomas, como dinamarquês e islandês. Pronuncia-se ‘é’.

– Abertura: Como você já deve ter adivinhado, é a abertura de um caractere, como visto na letra ‘e’. Variações no tamanho de abertura têm um efeito direto na legibilidade do caractere e no bloco de texto onde ele está.

– Altura – x: A altura da letra ‘x’ de uma fonte em caixa-baixa. A altura determina o tamanho dos ascendentes e descendentes de uma fonte, e é um fator importante para a leiturabilidade de um texto.

– Ascendente: A parte de uma letra em caixa-baixa que ultrapassa a altura – x da fonte. O ascendente influi na facilidade de leitura de textos grandes, mas a combinação de ascendentes altos demais e alturas – x baixas podem causar problemas.

– Barra: Uma barra conecta dois traços de uma letra, como o ‘H’. Não deve ser confundida com o traço que corta a haste de letras, como no caso do ‘T’.

– Barriga: É a parte arredondada e fechada de letras como ‘p’ e ‘b’.

– Bicameral e Unicameral: Alfabetos bicamerais são aqueles com letras caixa-alta e baixa, como o romano e o círilico. Já os alfabetos unicamerais são aqueles sem distinção entre maiúsculas e minúsculas, casos do hebraico e do arábico.

– Bico: A borda em forma de bico na parte superior das letras ‘a’, ‘c’, ‘f’ e ‘r’.

– Bojo: A porção parcial ou totalmente fechada de caracteres, como a parte inferior do ‘e’ e do ‘g’. Cuidado para não confundir o bojo com a barriga.

– Bráquete: Elemento em forma de cunha que une as serifas às hastes de uma letra em algumas fontes.

– Capitular: Uma letra maiúscula maior do que o resto do texto, usada no começo de um parágrafo. Geralmente ocupa duas ou mais linhas, para cima ou para baixo.

– Cursivas: Fontes que imitam a caligrafia manual. Não são muito populares na comunidade do design, pois muitos as consideram elaboradas demais.

– Descendente: A parte da letra que fica abaixo da linha de base. Em caracteres de caixa-baixa, o descendente aparece em letras como ‘p’, ‘y’ e ‘q’. Em letras de caixa-alta, aparece no ‘J’ e ‘Q’.

– Diacrítico: São os acentos usados para atribuir novas funções fonéticas a certas letras. Usadas em idiomas como francês, checo, alemão e, claro, no português.

– Dingbat: Elementos decorativos que podem variar de uma simples seta ou uma flor até formas detalhadas. Muitas vezes vêm em coleções temáticas.

– Eme: Também chamado de quadratim, é um espaço horizontal equivalente ao tamanho do corpo do texto. O eme define a proporção da altura e da largura dos caracteres de uma fonte.

– Ene: O ene é um espaço horizontal que tem metade do tamanho do eme.

– Espora: Uma pequena projeção a partir da curva de uma letra, às vezes também chamada de bico ou barba. A letra ‘G’ é um bom exemplo.

– Ethel: Caractere formado pela ligatura das letras ‘o’, ‘e’ ‘e’ (oe).

– Florão: Assim como os dingbats de hoje, os florões eram desenhos florais utilizados pelas gráficas antigas para decorar textos.

– Fontes Display: Qualquer fonte criada para ser usada em pequenas doses é chamada de display. Elas costumam ser projetadas para serem usadas em tamanhos grandes, muitas vezes em manchetes ou títulos.

– <font-face>: A tag de HTML5 que leva a tipografia para a internet, possibilitando que a fonte da página seja incorporada diretamente a páginas.

– Glifo: Qualquer símbolo que faz parte de uma fonte, seja letra, número, sinal de pontuação ou dingbat. Os glifos são as peças que compõem a tipografia.

– Grade (#): Também chamado de cerquilha e jogo da velha, entre outros nomes, é usado principalmente para simbolizar a palavra ‘número’.

– Grafema: O conceito de grafema é parecido com o de glifo, porém é um pouco mais abrangente. Um grafema é uma unidade fundamental de linguagem, podendo ser um simples ponto de exclamação ou um pictograma chinês.

– Gutter: Os espaços entre as páginas opostas ou colunas do texto. No primeiro caso, corresponde ao espaço da lombada de um processo.

– Justificado: Um parágrafo de texto justificado tem seu conteúdo alinhado de forma a não deixar espaço em branco no começo e no fim das linhas.

– Kerning: Nome dado ao processo de ajustar o espaçamento entre letras adjacentes, para otimizar o visual e a legibilidade de um texto.

– Leading: É o espaço vertical entre as linhas de um texto. O nome do termo deriva do fato de, antigamente, faixas de chumbo (lead, em inglês) serem usadas para separar linhas.

– Legibilidade: A facilidade com que uma letra pode ser distinguida da outra. Não deve ser confundida com leiturabilidade (ver o próximo verbete).

– Leiturabilidade: Termo que se refere à facilidade de leitura de um bloco de texto, impresso ou da internet.

– Ligatura: São os gêmeos siameses, porém não idênticos, do universo tipográfico. As ligaturas são formadas quando duas letras se unem, o que pode acontecer por motivo estético ou para facilitar a legibilidade da fonte.

– Linha de Base: É onde fica a base das letras maiúsculas. Abaixo dela ficam os descendentes e lóbulos (loops).

– Linha órfã: A primeira linha de um parágrafo que fica no fim de uma página ou coluna, o que é considerado um erro tipográfico.

– Lóbulo (loop): A parte inferior da letra ‘g’ é conhecida como lóbulo ou loop. Às vezes, é chamada de cauda – termo também usado para se referir à parte inferior da letra ‘y’.

– Logotipo: A parte tipográfica de uma marca ou identidade visual, podendo ser usado separadamente da parte gráfica.

– Manicule: Nome dado ao dingbat na forma de uma mão apontando.

– Monoespaçada: Fontes em que todas as letras ocupam o mesmo espaço horizontal.

– Oblíquas: Letras do alfabeto romano inclinadas manualmente. Não devem ser confundidas com caracteres itálicos, que já são desenhados com inclinação.

– Olho: O olho é semelhante ao bojo, mas o termo se refere exclusivamente à parte fechada da letra ‘e’.

– OpenType: Formato de fonte desenvolvido pela Microsoft e pela Adobe. O OpenType é uma evolução do formatos TrueType e PostScript.

– Palca: Um sexto de polegada. A unidade é usada para medir o comprimento de linhas e a largura de colunas. Uma palca tem 12 pontos, ou 16 pixels.

– Pé de Mosca (IP): É o símbolo usado pelos softwares de edição de texto para indicar o fim de um parágrafo e o início do próximo.

– Ponto: Unidade de medida padrão na tipografia, que equivale a 1/12 de uma palca ou 1/72 de uma polegada.

– Serifa: Prolongamentos que ocorrem no fim dos traços de uma letra. Acredita-se que as serifas nasceram da prática romana de pintar letras em mármore e depois esculpi-las.

– Sidebearing: É o espaço horizontal que separa uma letra da outra. Também chamado de espaço de defesa.

– Tittle: Nome em inglês do famoso “pingo” das letras ‘i’ e ‘j’.

– Terminal: Tipo de curva sem serifa no final de um traço. Também chamada de final.

Viúva: Quando uma única palavra fica em uma linha do texto, ou também quando uma coluna se inicia com a última linha de um parágrafo. Da mesma que a linha órfã (ver verbete mais acima), é considerado um erro tipográfico.